Conforme destaca o empresário e fundador Aldo Vendramin, o mercado interno e externo de carnes tem passado por transformações profundas diante das novas tendências de consumo. Mudanças nos hábitos alimentares, maior preocupação com sustentabilidade e o avanço das tecnologias de produção estão redefinindo como a carne é produzida, comercializada e consumida em escala global. Essas transformações afetam diretamente a cadeia produtiva, desde o produtor rural até o consumidor final, influenciando preços, exportações e estratégias comerciais de países que têm na proteína animal um de seus principais pilares econômicos.
Veja como as novas tendências de consumo estão remodelando o mercado interno e externo de carnes e abrindo caminhos para inovação, sustentabilidade e novas oportunidades no setor.
Como as novas tendências de consumo impactam o mercado interno e externo de carnes?
O mercado interno e externo de carnes é diretamente influenciado pelas mudanças no comportamento dos consumidores. O crescimento da demanda por alimentos mais saudáveis e com certificações de origem tem levado empresas a adotarem práticas mais transparentes e sustentáveis. Essa transformação gera valor agregado aos produtos, aumentando sua competitividade tanto no mercado doméstico quanto no internacional.

Outro reflexo é o aumento da procura por cortes diferenciados e processados, que atendem à praticidade da vida moderna. Consumidores urbanos, por exemplo, estão mais dispostos a pagar por conveniência, o que altera a forma como frigoríficos e distribuidores estruturam suas ofertas. Segundo Aldo Vendramin, isso estimula a diversificação de produtos, tornando o setor mais dinâmico e adaptável.
Além disso, há uma crescente pressão por parte de mercados internacionais para que os países exportadores sigam padrões ambientais e sanitários mais rigorosos. Essa exigência impacta diretamente a cadeia de carnes, obrigando produtores e indústrias a investirem em certificações que garantam acesso a novos mercados.
De que maneira a sustentabilidade redefine a produção e o consumo de carnes?
De acordo com o empresário Aldo Vendramin, a sustentabilidade tornou-se um fator central no mercado de carnes, alterando tanto a produção quanto o consumo. Cada vez mais, consumidores buscam informações sobre a pegada de carbono, o uso de recursos naturais e o bem-estar animal associado à produção da carne que chega à sua mesa. Esse comportamento pressiona a indústria a adotar práticas ambientalmente responsáveis.
No mercado interno e externo de carnes, empresas que investem em sustentabilidade conseguem conquistar maior confiança e fidelidade dos consumidores. Programas de rastreabilidade, redução de emissões e certificações verdes não são apenas diferenciais, mas requisitos para se manter competitivo. Dessa forma, a sustentabilidade deixa de ser apenas uma tendência e passa a ser parte da estratégia de negócios.
Quais oportunidades e desafios surgem para o Brasil no mercado de carnes?
O Brasil, sendo um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo, tem grande destaque no mercado interno e externo de carnes. As tendências de consumo abrem oportunidades de ampliar a presença brasileira em mercados exigentes, como a União Europeia e países da Ásia, desde que o país consiga atender às demandas por qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade.
No entanto, Aldo Vendramin pontua que os desafios também são significativos. Barreiras comerciais, exigências ambientais e questões sanitárias podem limitar o acesso a determinados mercados. Isso obriga o Brasil a investir em infraestrutura, certificações e políticas públicas que apoiem a competitividade do setor.
Por outro lado, no mercado interno, o aumento da renda e a diversificação de hábitos alimentares ampliam o espaço para carnes premium e cortes diferenciados. Essa segmentação favorece pequenos e médios produtores que conseguem atender nichos específicos, ao mesmo tempo em que fortalece a imagem do Brasil como fornecedor global de proteína de qualidade.
Autor: Veronyre Grugg