Em meio ao turbilhão de desinformações que circulam nas redes sociais, uma das mais recentes acusações falsas envolve os filhos de Barroso e sua suposta deportação dos Estados Unidos. A alegação, sem qualquer respaldo em documentos ou fontes confiáveis, rapidamente se espalhou entre perfis e páginas alinhadas a discursos de oposição ao ministro do Supremo Tribunal Federal, inflamando ainda mais um cenário já polarizado no Brasil. Os filhos de Barroso jamais foram deportados dos EUA, e essa afirmação é fruto de uma narrativa fabricada com objetivos claramente políticos.
A história de que os filhos de Barroso teriam sido deportados dos EUA por questões legais ou imigratórias surgiu sem qualquer base concreta. A embaixada norte-americana no Brasil, consultada, declarou não possuir qualquer registro de deportação vinculada aos nomes em questão. Além disso, a assessoria de imprensa do STF e documentos diplomáticos confirmam que os filhos de Barroso permanecem em situação regular nos Estados Unidos, seja como estudantes, residentes ou cidadãos temporários com visto apropriado.
Espalhar mentiras sobre os filhos de Barroso atende a uma lógica conhecida no universo digital: a de atacar figuras públicas por meio de suas famílias. Não é novidade que autoridades do Judiciário, principalmente aquelas envolvidas em decisões sensíveis ao ambiente político, se tornem alvo de campanhas de difamação. Os filhos de Barroso passaram a ser mencionados de maneira maliciosa, tentando atingir a imagem do ministro por vias indiretas, utilizando-se da comoção emocional que envolve acusações contra entes queridos.
É importante destacar que, além de não haver deportação, os filhos de Barroso possuem trajetórias acadêmicas reconhecidas internacionalmente. Estudaram em instituições de renome, participaram de programas autorizados e seguiram rigorosamente todas as normas impostas pelo governo norte-americano. Não há qualquer infração ligada a seus nomes, o que torna ainda mais grave a insistência em repetir que os filhos de Barroso foram deportados dos EUA, reforçando uma mentira desmentida por todos os canais oficiais.
As plataformas digitais, por sua vez, desempenham papel ambíguo neste cenário. Embora tenham ferramentas de checagem e combate à desinformação, muitas vezes são lenientes com conteúdos que viralizam e geram engajamento, mesmo que sejam falsos. A falsa narrativa sobre os filhos de Barroso foi alimentada por contas que reiteradamente espalham fake news, mas continuam ativas, monetizando cliques e curtidas em cima da honra de pessoas inocentes.
A disseminação dessa mentira sobre os filhos de Barroso evidencia um fenômeno mais amplo: a tentativa constante de deslegitimar as instituições republicanas. Ao atacar membros do Judiciário por meio de boatos, cria-se um ambiente em que a confiança pública nas decisões judiciais se dissolve. A narrativa de que os filhos de Barroso foram deportados dos EUA não é só falsa, ela é também parte de um projeto de enfraquecimento das instituições democráticas por meio do caos informacional.
Não há democracia possível sem responsabilidade no discurso público. Quando se permite que calúnias como a que envolve os filhos de Barroso circulem livremente, abre-se caminho para uma sociedade onde a verdade importa menos que a conveniência política. Os filhos de Barroso são vítimas de uma campanha mentirosa e cruel, e o uso de suas vidas privadas para atacar o trabalho do ministro escancara a falência moral de quem propaga essas mentiras.
Em tempos sombrios, cabe à imprensa responsável, à Justiça e à sociedade civil se unirem contra essa avalanche de desinformação. A verdade sobre os filhos de Barroso precisa ser repetida tantas vezes quanto a mentira: eles não foram deportados dos EUA. Cada vez que essa verdade é dita, uma rachadura se abre na estrutura de ódio que alimenta as redes. E que seja pela repetição da verdade que a mentira, um dia, morra de exaustão.
Autor: Veronyre Grugg