Crianças gostam de espalhar fofocas (positivas e negativas) desde os 7 anos de idade; revela novo estudo

Veronyre Grugg
Veronyre Grugg

Os pequenos acreditam em boatos negativos com mais facilidade do que nos positivos

Uma equipe dos Laboratórios de Ciência da Comunicação da NTT em Kyoto, Japão, descobriu que as crianças também gostam de fofoca e que elas começam a espalhar notícias boas ou ruins a partir dos 7 anos. O estudo envolveu um grupo de 108 crianças de sete anos que viram vídeos de fantoches que compartilhavam fofocas positivas, neutras ou negativas.

A fofoca negativa incluía ser informado de que uma pessoa havia quebrado ou roubado o brinquedo de um colega, batido em alguém ou excluído alguém, enquanto as positivas incluíam que a pessoa havia compartilhado brinquedos, ajudado um colega em apuros e ajudado um colega a limpar um quarto.

As crianças foram então solicitadas a dar ‘recompensas’ em adesivos a um grupo separado sobre o qual os fantoches do vídeo estavam falando.

A análise revelou que ouvir fofocas positivas de apenas uma fonte não foi suficiente para influenciá-los a quem deveriam entregar os adesivos. Eles precisaram ouvir de mais de uma pessoa a informação positiva. Porém, uma única fofoca negativa de apenas um informante, foi suficiente para fazê-los decidir não dar um adesivo para aquela pessoa.

“Graças à fofoca, os indivíduos podem efetivamente adquirir informações sobre quem é bom ou mau em seu grupo social. Os nossos resultados contribuem para uma melhor compreensão de como as crianças expandem o seu mundo social, mostrando que interagem seletivamente com outras pessoas através de fofocas”, escreveram os autores.

A fofoca é uma informação influente até mesmo para as crianças – no entanto, os indivíduos devem ter cautela ao confiar nas informações transmitidas pela fofoca porque podem ser manipuladas ou tendenciosas.

Os homens fofocam mais do que as mulheres?
Pesquisadores da Universidade Normal de Pequim descobriram que as mulheres que fofocam sobre os outros, principalmente em relação ao amor, são movidas pelo ciúme e pela baixa autoestima.

Segundo os pesquisadores, as jovens fofocam para ganhar oportunidades para si mesmas quando enfrentam concorrentes românticos fisicamente atraentes. Eles também descobriram que as mulheres com níveis mais elevados de ciúme romântico eram mais propensas a espalhar informações negativas que poderiam prejudicar a reputação sexual dos concorrentes.

Um estudo realizado pela Universidade Ariel, em Israel, revelou que, por outro lado, os homens fofocam tanto quanto as mulheres. Eles são mais propensos a espalhar notícias negativas de seus colegas de trabalho.

Os pesquisadores questionaram mais de 2.200 pessoas sobre seus hábitos de fofoca e descobriram que homens e mulheres têm a mesma probabilidade de compartilhar fofocas no escritório. Entretanto, enquanto as mulheres tendem a falar de forma favorável sobre os colegas, os homens tentam atropelar os rivais.

Os investigadores sugeriram que a fofoca deu às mulheres uma forma de competir de uma forma não fisicamente ameaçadora, enquanto para os homens ajudou a aumentar a sua autoconfiança.