Câmara instala películas antivandalismo nos vidros após atos golpistas de 8 de janeiro

Veronyre Grugg
Veronyre Grugg

Medida visa a reforçar estrutura da parte oeste do prédio, onde estão localizados comitê de imprensa e presidência da Casa. Contrato para instalação de películas custou R$ 191,9 mil.

A Câmara dos Deputados concluiu nesta segunda-feira (3) a instalação de películas antivandalismo nos vidros do edifício principal da Casa.

O edital que previa a instalação foi divulgado em novembro de 2022, mas o contrato foi assinado em 16 de janeiro de 2023, uma semana depois de golpistas vandalizarem as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

As películas começaram a ser colocadas na quinta-feira (30). As áreas contempladas estão na fachada oeste do prédio e abrangem o Salão Branco, uma das entradas da Casa, os vidros do comitê de imprensa e da presidência da Câmara, onde está localizado o gabinete do presidente Arthur Lira (PP-AL).

A empresa responsável pela instalação é a WT Películas. O valor do contrato é de R$ 191.986.

No edital publicado no “Diário Oficial da União”, a Câmara diz que “a contratação tem por objetivo melhorar as condições de segurança na Câmara dos Deputados, por meio da instalação de películas de segurança antivandalismo em esquadrias de vidro”.

A película de segurança foi aplicada na face interna dos vidros e deve ser capaz de proteger o prédio em caso de tentativas de invasão, mantendo as partes do vidro fixadas à película, além de dificultar tentativas de entrada no edifício.

O produto não interfere esteticamente na fachada, garantindo as características de transparência e brilho do vidro. O edifício do Congresso é tombado por lei.

Questionada sobre o intervalo entre a publicação do edital – anterior aos ataques – e a assinatura do contrato – após a depredação – a assessoria da Câmara dos Deputados informou que os prazos respeitam o previsto na Lei das Licitações.

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