Você é fofoqueiro? Estudo aponta que ‘fofoca do bem’ no trabalho traz amizades, promoções e até aumento

Veronyre Grugg
Veronyre Grugg

Ninguém tem dúvida de que a fofoca é um hábito em qualquer parte do mundo. A novidade é que a fofoca pode ser benéfica tanto para o autor, quanto para quem é alvo, caso esteja acompanhada de boas intenções. O dado é de um estudo americano que analisou como os efeitos da fofoca podem gerar ganhos na vida pessoal e profissional de quem cultiva o hábito. A pesquisa manteve o foco em comentários positivos ou até críticos, mas bem-intencionados. Nenhuma pessoa foi depreciada, atacada ou humilhada.

De acordo com o levantamento, os fofoqueiros viram crescer as chances de ganhos palpáveis: receberam mais informações das pessoas ao seu redor e estreitaram relacionamentos na vida pessoal e no ambiente de trabalho. As mudanças, a longo prazo, se converteram em melhorias no trabalho, como promoções, aumento e expansão da rede de contatos.

Segundo a pesquisa, o fofoqueiro, ao ressaltar pontos positivos sobre uma terceira pessoa, passa a ser visto como alguém honesto e de boa índole. O estudo, que analisou amostras nos Estados Unidos, na Índia e em países africanos, chegou à mesma conclusão ao observar as mais diversas culturas.

A fofoca do bem, em muitos dos casos, é responsável por solidificar os laços entre os fofoqueiros e seus confidentes. Nessa relação, surge um ambiente de cooperação, parceria e até de amizade. Cientistas holandeses também concluíram que a fofoca funciona como uma ferramenta barata de cooperação, se não for feita com o desejo de prejudicar o próximo. Eles apontam ainda que comentários mal-intencionados têm o efeito contrário, manchando a reputação do fofoqueiro.

A fofoca ‘do mal’

Segundo os especialistas, há evidências de que o ato de espalhar segredos, mentiras ou até criar intrigas sobre outras pessoas envolve uma satisfação pessoal.

A origem da fofoca

Estudos sobre a origem da humanidade apontam que a fofoca foi um dos fatores principais para estabelecer uma linguagem comum entre povos há cerca de 70 mil anos. Durante a chamada revolução cognitiva, o ato de comentar sobre a vida alheia foi vital para a própria sobrevivência em um ambiente inóspito. Era importante que informações fluíssem entre membros do bando, para que fosse possível separar quem eram os integrantes confiáveis dos trapaceiros.

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