Por que tomamos decisões ruins com dinheiro? Descubra o motivo através da economia comportamental

Veronyre Grugg
Veronyre Grugg
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Tomar decisões financeiras deveria ser algo racional, certo? No entanto, de acordo com o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a realidade é bem diferente. Já que, muitas vezes, gastamos por impulso, deixamos de investir por medo ou guardamos dinheiro de forma ineficiente. 

Isso acontece porque nossas escolhas são influenciadas por fatores emocionais e psicológicos, e é exatamente isso que a economia comportamental estuda. Com isso em mente, neste artigo, vamos explorar por que isso acontece e como os vieses cognitivos influenciam nossas decisões. Então, se você já se perguntou por que é tão difícil poupar ou por que fez uma compra da qual se arrependeu, continue lendo!

O que são os vieses cognitivos e como eles afetam nosso bolso?

Vieses cognitivos são padrões mentais automáticos que usamos para tomar decisões rapidamente, mas que nem sempre nos levam às melhores escolhas. No mundo financeiro, esses atalhos mentais podem atrapalhar bastante, como ressalta Fernando Trabach Filho. Por exemplo, o viés do otimismo faz com que acreditemos que tudo vai dar certo, levando-nos a gastar mais do que deveríamos ou a adiar investimentos importantes.

Outro viés bastante comum é o de aversão à perda, que nos faz sentir mais intensamente a perda de algum dinheiro do que a alegria de ganhá-lo. O que pode nos impedir de fazer investimentos com bom potencial, simplesmente por receio. Isto posto, ao reconhecer alguns desses padrões, é possível se blindar contra eles e tomar decisões mais alinhadas com seus objetivos financeiros.

Por que muitas vezes não conseguimos poupar ou investir como planejamos?

Mesmo sabendo da importância de poupar e investir, muitas pessoas não conseguem seguir um plano financeiro. Um dos principais motivos é o chamado viés do presente, que nos faz valorizar mais o prazer imediato do que os benefícios futuros. Assim, preferimos gastar agora com algo que nos traga satisfação do que guardar para uma meta de longo prazo, como uma aposentadoria confortável ou a compra de um imóvel.

Fernando Trabach Filho
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Além disso, a falta de organização e clareza nos objetivos também atrapalha, conforme alude o administrador de empresas Fernando Trabach Filho. Portanto, quando não temos um propósito claro para nosso dinheiro, fica mais difícil resistir às tentações do consumo. Inclusive, muitas vezes, subestimamos os pequenos gastos do dia a dia, que somados fazem uma grande diferença no final do mês. Logo, para mudar esse cenário, é preciso criar rotinas financeiras simples, com metas bem definidas e um controle mais próximo dos gastos.

Os principais erros financeiros que cometemos no dia a dia

Por fim, alguns comportamentos financeiros se repetem com frequência e dificultam o equilíbrio das finanças. Veja abaixo os erros mais comuns:

  • Gastar mais do que se ganha: esse é o erro mais básico e também o mais perigoso, já que leva ao endividamento e à perda de controle financeiro.
  • Não ter uma reserva de emergência: muitos ignoram a importância de ter uma quantia guardada para imprevistos, o que gera estresse quando problemas surgem.
  • Investir sem entender: tomar decisões com base em modismos ou dicas de conhecidos pode causar grandes prejuízos.
  • Ignorar os juros compostos: muita gente não compreende o poder dos juros, seja para aumentar dívidas ou para crescer investimentos.
  • Deixar as emoções controlarem as decisões: medo, ganância e ansiedade são inimigos de uma boa gestão financeira.

Assim sendo, reconhecer esses comportamentos é essencial para evitá-los. Então, pequenas mudanças de atitude, como anotar os gastos, estudar sobre investimentos e criar metas realistas, já podem fazer uma grande diferença no longo prazo, de acordo com Fernando Trabach Filho.

Entender o seu comportamento é a chave para tomar decisões melhores

Em última análise, tomar decisões ruins com dinheiro não é sinal de falta de inteligência, mas sim de como nosso cérebro está programado. Portanto, os vieses cognitivos, a busca por recompensas imediatas e os erros do dia a dia fazem parte da nossa rotina. Contudo, a boa notícia é que, ao entender esses mecanismos e adotar hábitos mais conscientes, podemos virar esse jogo. Assim, com pequenas mudanças e mais atenção aos nossos próprios comportamentos, é possível transformar nossa relação com o dinheiro e construir um futuro mais tranquilo.

Autor: Veronyre Grugg

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